Shows de Ozzy Osbourne e Judas Priest fecharam bem dia com problemas.
Líder do Motörhead passou mal e não cantou; Black Veil Brides foi vaiado.
Ozzy Osbourne e Judas Priest encerraram bem o sábado (25) de Monsters of Rock em São Paulo, após imprevistos no primeiro de dois dias do festival de heavy metal. Fora do script estavam a ausência do Motörhead, com Lemmy doente, as vaias aos novatos do Black Veil Brides e uma fila monstruosa para entrar. O final feliz teve show mais longo do Judas Priest e um desfecho com Ozzy que foi empolgante do príncipio ao fim.
A Arena Anhembi, com espaço para 35 mil pessoas, estava cheia, mas a organização não divulgou o número de presentes até a noite de sábado. No domingo (26), o Monsters continua com novo show de Judas Priest, além de Manowar e Kiss entre atrações principais.
Apesar de ser um dos fundadores do heavy metal, Ozzy Osbourne parece longe de querer se aposentar. Além de repetir isso seguidas vezes em todas as suas últimas entrevistas sua performance deixa clara a vontade de continuar.
Apesar de ser um dos fundadores do heavy metal, Ozzy Osbourne parece longe de querer se aposentar. Além de repetir isso seguidas vezes em todas as suas últimas entrevistas sua performance deixa clara a vontade de continuar.
O cantor começou a apresentação empolgando seus fãs com uma sequência de três de seus maiores sucessos. "Bark at the moon", "Mr. Crowley" e "I don't know" foram mais que suficientes para afastar o desânimo até mesmo daqueles presentes para ver Motörhead.
Ao longo de um repertório de cerca de 12 canções, Ozzy não parou um segundo, com suas características palmas sobre a cabeça e "I love you all"s. Até a chuva, que chegou a cair um pouco mais forte em alguns momentos, teve de competir com o cantor, que molhou diversas vezes os fãs próximos ao palco com um canhão d'água.
A energia do público pareceu cair um pouco em canções mais novas, como a lenta "Road to nowhere", mas clássicos do Black Sabbath ajudaram a retomar as atenções. "Paranoid", que encerrou a noite, foi apoteótica.
A energia do público pareceu cair um pouco em canções mais novas, como a lenta "Road to nowhere", mas clássicos do Black Sabbath ajudaram a retomar as atenções. "Paranoid", que encerrou a noite, foi apoteótica.
O Judas Priest, conterrâneo do Black Sabbath de Birmingham, Inglaterra, fez show um pouco mais longo que o programado, segundo a organização. Assim, ajudou a compensar a ausência de Motörhead antes e aquecer para a presença de Ozzy depois. A apresentação teve cerca de uma hora e meia.
Judas redentor
Aos 63 anos, Rob Halford talvez seja, entre as estrelas veteranas do Monsters, o que tem a voz e a energia mais conservadas. De agudos impressionantes a graves quase gruturais, não pareceu faltar fôlego nos noventa minutos no palco.
Aos 63 anos, Rob Halford talvez seja, entre as estrelas veteranas do Monsters, o que tem a voz e a energia mais conservadas. De agudos impressionantes a graves quase gruturais, não pareceu faltar fôlego nos noventa minutos no palco.
O show teve alguns momentos de dispersão na plateia, como o começo com a nova "Dragonauts". Mas Halford ganhou o público, especialmente em "Breakin the law", antes da tradicional subida na motocicleta, em "Halls of valhalla", boa música nova, e no final em "Painkiller". Não que seja fácil manter a atenção do público sem ser a atração principal. A configuração espreme o público em dois longos corredores separados por bares, o que deixa muita gente no fundo. Os telões pequenos e o palco baixo tampouco ajudam.
Prêmio de consolação
Além do show mais longo do Judas Priest, uma curta aparição do resto do Motörhead junto com o Sepultura ajudou a tapar o buraco de Lemmy. O vocalista de 69 anos teve "distúrbio gástrico seguido de desidratação" e desmarcou de última hora.
Além do show mais longo do Judas Priest, uma curta aparição do resto do Motörhead junto com o Sepultura ajudou a tapar o buraco de Lemmy. O vocalista de 69 anos teve "distúrbio gástrico seguido de desidratação" e desmarcou de última hora.
Phil Campbell (guitarrista) e Mikkey Dee (baterista) subiram ao palco para dar a má notícia e contaram com a ajuda dos brasileiros no pocket show. Eles tocaram só "Orgasmatron", "Ace of spades" e "Overkill", sob gritos iniciais de "Lemmy, Lemmy". Comoveu a dedicação de Andreas Kisser, que comandou o show, mas não chegou perto do que seria um show com Lemmy.
Vaias aos novos
Os fãs neste sábado não esperavam ver mais que medalhões. A sonora vaia que levou o Black Veil Brides, banda formada em 2010, foi prova disso. No palco, jovens sem camisa maquiados, com influência de glam metal - algo como netos de Kiss e filhos do Mötley Crüe - e som competente.
Os fãs neste sábado não esperavam ver mais que medalhões. A sonora vaia que levou o Black Veil Brides, banda formada em 2010, foi prova disso. No palco, jovens sem camisa maquiados, com influência de glam metal - algo como netos de Kiss e filhos do Mötley Crüe - e som competente.
Na plateia, fãs de metal mais tradicional que não engoliram as poses e a mistureba com hardcore e hard rock. Talvez no dia do Kiss, com mais bom humor, não seriam tão vaiados. O nu-metal do Coal Chamber - que nem é tão novo assim - teve recepção morna.
Seria mais útil vaiar quem teve a ideia de organizar a entrada, com só um ponto principal, que resultou em uma fila gigante durante o fim da tarde e início da noite. O G1 falou com fãs disseram ter ficado duas horas para entrar. Nas redes sociais, a reclamação também era grande.
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