Juba e Lula, hoooooo!!! Quem assistia TV na década de 80 com certeza lembra desses amigos surfistas pra lá de descolados que se apaixonam pela mesma mulher: a jornalista Zelda Scott(Andréa Beltrão), e ainda "adotam" um garoto pentelho, o Bacana, que cai de paraquedas na vida de Juba (Kadu Moliterno) e Lula (André di Biasei) e acaba se metendo nas aventuras e confusões dos dois. Todos eles protagonizavam a série Armação Ilimitada, transmitida durante quatro anos pela TV Globo, a partir de 1985.
No início muita gente não gostou do programa, ele parecia esquisito, "sem pé nem cabeça" (diziam na época). Mas aos poucos, as crianças – e eu me incluo nessa! – começaram a se amarrar e os nossos pais começaram a ver. Pronto, daí pra frente foi só sucesso, com crianças, adolescentes e adultos curtindo juntos o programa. Mesmo porque a série tinha sempre algo que agradava a algum tipo de público: ação, aventura, esporte, romance, sol, praia, surf, corpos sarados… A juventude bronzeada típica da zona Sul carioca estava na telinha… E quem é que não gostaria de levar a vida curtindo a praia, os amigos, namorando bastante e partindo pra aventura? Dava vontade de viver aquela vida.
Armação Ilimitada era um lance bem legal. Aliás, a linguagem do programa era super moderna, com muitas gírias da moda, humor satírico, música, clipes (vivíamos o auge dos clipes musicais) e citações da cultura pop. O ritmo era de vídeoclipes. Tudo era muito novo e inovador e algumas cenas chegavam a ser surreai, mas, era tudo de propósito e a gente adorava essas inovações. Até a linguagem das histórias em quadrinhos foi utilizada. Sabe aqueles balões onde é colocada a fala dos personagens nas histórias em quadrinhos? Pois é, tinha na Armação Ilimitada. Havia também uma agilidade na edição, com recorte de quadros, edição clipada… Tudo muito novo e revolucionário, imprimindo uma nova linguagem que conquistou toda uma geração.
Todo mundo adorava as histórias malucas vividas por Juba, Lula, Zelda e Bacana, o garoto mais que "ixperto". Ah, também tinha o Chefe (Francisco Milani) neurótico de Zelda Scott; Ronalda Cristina (Catarina Abdala), a melhor amiga de Zelda; e Black Boy (Nara Gil), a DJ que narrava direto do estúdio de uma rádio tudo o que rolava nos episódios. Turminha inesquecível.
Depois que a série acabou, Kadu Moliterno e André di Biasi voltaram com o seriado Juba & Lula, mas não foi o mesmo sucesso…
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