O apresentador Sérgio Mallandro é um ícone dos anos 80. Quem não se lembra dele fazendo "Glu Glu" e "Yeah, Yeah" (ou seria ié ié?!) e divertindo a garotada no programa infantil Oradukapeta? Ele parecia mais um moleque do que um apresentador, que gostava de se vestir com macacão colorido e usar boné sempre virado para o lado. Aliás, outras características de Sérgio Mallandro eram a descontração e a irreverência, suas principais marcas registradas até hoje.
O programa Oradukapeta divertia as crianças nas manhãs do SBT, tendo estreado em 1987 e ficando no ar até 1990. O jeito irreverente, moleque e debochado de Sérgio Mallandro logo encantou as crianças que se divertiam muito com as brincadeiras e os desenhos animados que passavam no programa, como A Formiga Atômica, Super Mouse, Dennis – O Pimentinha e Hong Kong Fu, entre outros. Sérgio Mallando gostava mesmo de bagunça e suas maluquices encantavam as crianças. Afinal, ele era mais um da turma! Tanto é verdade que os meninos adoravam imitar o seu jeito de vestir, ou seja, Sérgio Mallandro ditou moda na época.
E quem não se lembra das gírias? Era um tal de "chuchu beleza", "vem meu glu-glu", "salci fufu". E a música de abertura do programa? Ela se chamava "O Escândalo" e até hoje tem quem continue cantando: "Conheci, um capeta em forma de guri…". A música se transformou num hit entre a garotada. Para controlar a criançada, Sérgio Mallandro contava com a ajuda de assistentes de palco. E ainda tinha a companhia dos Anjinhos – bonecos em forma de anjinho e capetinha.
Com o sucesso cada vez maior entre o público infantil, Sérgio Mallandro começou a ser assediado pela TV Globo, para onde se transferiu em 1990. Era o fim do Oradukapeta…
Um dos quadros principais do programa Oradukapeta e que se tornou um clássico (quem viveu os anos 80 nunca mais esqueceu do quadro), era "A Porta dos Desesperados", uma sátira ao quadro "Porta da Esperança", do programa Sílvio Santos. Todas as crianças queriam participar da brincadeira, até quem estava em casa! Afinal, era possível ganhar muitos brinquedos legais, como video-games, bicicletas, bonecas, bichinhos de pelúcia, entre outros. A porta certa era recheada de brinquedos!
A brincadeira era muito simples e divertida, e quase sempre quem estava em casa ria com o desfecho do quadro. Três portas eram colocadas no palco. Uma delas tinha os brinquedos, enquanto que as outras duas tinham um monstro ou um gorila que corria atrás da criança, ou outra surpresa que não agradava as crianças. O menino ou a menina tinham que escolher uma das três portas. Mas, antes de Sérgio Mallandro abrir a "Porta dos Desesperados" e revelar o que estava por trás dela, o clima era de suspense, e ele fazia com que a criança ficasse desesperada. Ou seja, ela tinha que demonstrar que queria muito ganhar os presentes e, por isso, Sérgio Mallandro fazia com que a criança gritasse, rolasse no chão e se descabelasse para ganhar o prêmio. É claro que tudo não passava de uma brincadeira divertida e muito aguardada por todos. Se ela abrisse a porta certa e encontrasse os presentes, era uma alegria imensa. Mas, se errasse a porta, aí, ela dava de cara com um monstro ou um gorila. Às vezes, as crianças corriam e choravam de medo, e ficavam decepcionadas. No entanto, brincadeira é brincadeira, né!
A diversão também estava garantida na brincadeira do Goleiro Mallandrovsky. Desta vez, Sérgio Mallandro se transformava no personagem Mallandrovsky, colocava uma peruca colorida e um uniforme espalhafatoso e ia para o gol. Ele tinha a tarefa de defender os pênaltis batidos por grupos de três crianças que representavam um grande time de futebol brasileiro. Quem marcava o maior número de gols em Mallandrovsky ganhava a brincadeira. Um juiz anão e briguento também dava um tom de humor à brincadeira. Além disso, a locução era totalmente debochada e divertida. E quando uma criança fazia gol, era hora de ouvir a música "É Gol! Nosso time é a alegria da galera!" do Trio Esperança. Esse dá saudade…
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