Aos 85 anos, o ator mexicano Roberto Bolaños morreu nesta sexta-feira. A informação foi divulgada no site da CNN México nesta tarde. Bolaños foi o criador de personagens como Chaves e Chapolin, cujos seriados seguem em exibição em diversos países, apesar de terem estreado ainda nos anos 1970 — Chaves passou a ser veiculado no Brasil em 1984.
Segundo declarações da família, o estado de Chespirito, como o ator é conhecido em seu país de origem, era grave desde novembro. Ele vivia com sua esposa Florinda Meza, a Dona Florinda do série Chaves, em Cancún, próximo a lagoa de Nichupté, local de descanso isolado da imprensa. No balneário, tentava se recuperar de problemas respiratórios e de dificuldades em andar e se mover.
Nascido em 21 de fevereiro de 1929, Roberto Bolaños começou sua carreira nos anos 1950, quando escrevia roteiros para rádio e televisão. Ele ganhou o apelido de "Chespirito" após ser comparado ao dramaturgo William Shakespeare. Em 1958, quando o mexicano estreou como roteirista de cinema no filme Los Legionarios, o diretor Agustín P. Delgado o apelidou de Shakespearito, um diminutivo carinhoso para o nome do britânico, devido à sua inteligência e criatividade.
Em 2012, foi lançado o livro Chaves: A História Oficial Ilustrada. Nele, são narrados os primeiros passos de Bolaños e as dificuldades que ele passou durante a infância. Seu pai, Francisco Gómez Linares, um desenhista e pintor, era alcoólatra, adúltero e tinha muitas dívidas. Na adolescência, Bolaños sofreu com complexo de inferioridade, por ser muito baixinho e mirrado. Apaixonado por futebol, foi forçado a desistir da carreira. No livro, o criador do Chaves é descrito como um adolescente brigão, o que acabou o levando ao título de boxe na categoria mini-mosca.
Já mais velho, Bolaños cursou Engenharia na Universidad Nacional Autónoma do México (Unam), pois queria aprender a construir brinquedos que não tivera na infância, como locomotivas a vapor. Acabou não encontrando as lições que queria e tornou-se mais assíduo no bar da faculdade, onde tocava violão, contava piadas e jogava bolinha de gude. Todas essas passagens são bastante representadas nos episódios de Chaves, em que o personagem é um menino pobre, que não tem os brinquedos que deseja.
O talento com o violão fez com que o ator gravasse seis discos com músicas de Chaves, além da trilha sonora da novela Alguna Vez Tendremos Alas, produzida por Florinda Meza.
Apesar de ter criado muitos outros personagens, o ator ficou conhecido internacionalmente por encarnar Chaves nas telas. Sua relação com o elenco da série, no entanto, não se manteve harmoniosa durante muito tempo. Bolaños rompeu sua amizade com Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha, e Carlos Villagrán, o Quico, que disputaram com o criador do seriado os direitos de uso de seus personagens.
O comediante deixa seis filhos, fruto de seu casamento com Graciele Fernández Pierre, que morreu em agosto de 2013. Florinda Meza e Roberto Bolaños eram casados há nove anos.
Segundo declarações da família, o estado de Chespirito, como o ator é conhecido em seu país de origem, era grave desde novembro. Ele vivia com sua esposa Florinda Meza, a Dona Florinda do série Chaves, em Cancún, próximo a lagoa de Nichupté, local de descanso isolado da imprensa. No balneário, tentava se recuperar de problemas respiratórios e de dificuldades em andar e se mover.
Nascido em 21 de fevereiro de 1929, Roberto Bolaños começou sua carreira nos anos 1950, quando escrevia roteiros para rádio e televisão. Ele ganhou o apelido de "Chespirito" após ser comparado ao dramaturgo William Shakespeare. Em 1958, quando o mexicano estreou como roteirista de cinema no filme Los Legionarios, o diretor Agustín P. Delgado o apelidou de Shakespearito, um diminutivo carinhoso para o nome do britânico, devido à sua inteligência e criatividade.
Em 2012, foi lançado o livro Chaves: A História Oficial Ilustrada. Nele, são narrados os primeiros passos de Bolaños e as dificuldades que ele passou durante a infância. Seu pai, Francisco Gómez Linares, um desenhista e pintor, era alcoólatra, adúltero e tinha muitas dívidas. Na adolescência, Bolaños sofreu com complexo de inferioridade, por ser muito baixinho e mirrado. Apaixonado por futebol, foi forçado a desistir da carreira. No livro, o criador do Chaves é descrito como um adolescente brigão, o que acabou o levando ao título de boxe na categoria mini-mosca.
Já mais velho, Bolaños cursou Engenharia na Universidad Nacional Autónoma do México (Unam), pois queria aprender a construir brinquedos que não tivera na infância, como locomotivas a vapor. Acabou não encontrando as lições que queria e tornou-se mais assíduo no bar da faculdade, onde tocava violão, contava piadas e jogava bolinha de gude. Todas essas passagens são bastante representadas nos episódios de Chaves, em que o personagem é um menino pobre, que não tem os brinquedos que deseja.
O talento com o violão fez com que o ator gravasse seis discos com músicas de Chaves, além da trilha sonora da novela Alguna Vez Tendremos Alas, produzida por Florinda Meza.
Apesar de ter criado muitos outros personagens, o ator ficou conhecido internacionalmente por encarnar Chaves nas telas. Sua relação com o elenco da série, no entanto, não se manteve harmoniosa durante muito tempo. Bolaños rompeu sua amizade com Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha, e Carlos Villagrán, o Quico, que disputaram com o criador do seriado os direitos de uso de seus personagens.
O comediante deixa seis filhos, fruto de seu casamento com Graciele Fernández Pierre, que morreu em agosto de 2013. Florinda Meza e Roberto Bolaños eram casados há nove anos.
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